Ou como sempre podemos fazer mais quando
queremos transformar nosso trabalho.
Insistimos no encontro de sua posição: Vereadores,
sua obrigação, função e responsabilidade é monitorar o executivo. Influenciar e
até propor pautas de verdade. Olhem lá fora, a cidade!
Não adianta os
vereadores de Parauapebas se sentirem eleitos e ignorar os caminhos que a
cidade esta tomando. Não se concebe a postura desses senhores perante a
possibilidade real da VALE cortar nossa cidade, na forma que lhe interessar,
com uma linha férrea que vai dobrar sua capacidade de exportação e que não se
tem uma analise mais seria e definida sobre nosso destino, depois que a mina de
Carajás exaurir.
Os vereadores precisam
urgentemente parar com sua pauta vazia, pensar em trabalhar mais, digamos
outros dias da semana, com pautas especificas, para atender a demanda que esta
imensa e inchada favela precisa para virar cidade. Em primeiro lugar,
conquistar o respeito da VALE para conosco e nossos cidadãos, nunca esquecendo
ou fugindo à realidade, de que estamos aqui, todos nos, em função direta da
existência dessa mineradora.
E não se tem respeito
por nós. Nem nós mesmos nos damos o respeito, acreditando que um dia vamos
voltar as nossas cidades ou estado de origem. Não adianta, não temos retorno, é
aqui que vamos acabar nossos dias. Então vamos construir uma cidade de verdade,
de que possamos orgulhar. Vamos entrar num debate, planejamento e execução
dessa transformação que não pode esperar.
A passagem de mais um
trem da VALE, dentro da planta urbana, vai trazer apenas transtorno, não há
vantagem alguma que podemos listar. A cidade não pára de inchar, sem a mínina
condição estrutural, caminhando rapidamente para o caos. Como, se nossos
governantes não conseguem pensar sequer no médio prazo, levando 10 anos para se
construir um módico hospital de interior, pensar que daremos conta, desta
cidade daqui a 5, 10, 15 anos? Quem imaginava este aglomerado urbano atual, há
apenas 5 anos atrás, quando a Buriti
começou as negociações para se criar uma nova Parauapebas? Segundo a DELLOITE,
(publicarevista.blogspot. com), somos a região do interior com a maior
atratividade de investimento, nacional ou estrangeiro. Imaginem, estamos à
frente das regiões produtoras de petróleo, como Macaé ou o litoral do Espírito
Santo. Não é pouca coisa. Dá para imaginar o inferno em que vamos viver daqui a
meros 10 anos, quando a população atual pode ter dobrado. Imagine sem hospital,
sem escolas, sem internet, sem rede bancaria, este caos dividido por milhares
de mais pessoas.
Com o formato que se
esta definindo nesta atual gestão da cidade, estaremos perdidos. Todo o pensado
por este grupo atual no poder e por todos os outros que desfrutaram dos nossos
cofres, nestes últimos 25 anos de existência de Parauapebas, não tiveram noção
de onde estavam. O planejamento de Valmir e seu secretariado, até agora exceto
a Agricultura, esta anacrônico. É preocupante não termos até agora a
solicitação e o empenho dos vereadores na revisão do Plano Diretor. Esta lei,
seguramente pensou no futuro e foi aprovada. Poderíamos partir dela, agregar novos
conhecimentos e definir o que queremos para esta cidade.
Não tem nada feito,
precisamos começar do zero. Proteger urgente as águas do Rio Parauapebas. Criar
novas formas de atendimento médico e hospitalar, dimensionar os novos bairros e
loteamentos, montar estruturas reais de produção, abrindo caminho para
sobreviver quando da exaustão da mina de ferro, que esta próxima. Não permitir
a construção dessa estrada de ferro, sua existência vai acelerar a exportação
de minerais que nem sabemos o que. Os agregados são parte significativa da
produção de Carajás e de todas as minas no entorno e não sabemos o que se
produz ali.
Para começar a discutir
realmente o que será de Parauapebas dentro de 15, 25 anos, precisamos começar
agora. Com caminhadas sobrepostas, precisamos juntar forças a atuar no
imediato, curto, médio e longo prazos, com equipes interdisciplinares
competentes e inter-relacionadas, construindo em etapas firmes nosso presente e
futuro.
Assim, cabe aos
vereadores, eleitos pelo povo, cumprir seu papel. Não precisam andar a reboque
do executivo, mas a seu lado. Precisam assumir, como cidadãos, a construção do
futuro dessa cidade. Podem assumir uma pauta de avanço da gestão e novas
proposições executivas. Não ficarem esperando propinas ou facilidades, mas
assumindo a postura de transformar, trabalhando mais. Uma sessão por semana é
muito pouco para uma cidade de gestão complexa como Parauapebas. As comissões
temáticas, a nível de informação e capacidade de implementação, precisam ser
sustentadas por pesquisa e consultoria externa, atuando por projetos e áreas
especificas. Enfim, vamos precisar de um novo foco sobre nosso município. Sobre
nosso futuro.
O pacto de safados é
quando fingimos em grupo. A encenação de que legislamos e executamos a gestão
de uma cidade. Mas nada acontece, a inércia em si, faz as coisas acontecerem
enquanto ficamos ricos. Vencer este estagio do pacto, é fundamental para todos
neste região. O crescimento econômico não é para sempre, e logo, logo teremos
uma imensa cratera onde uma dia havia uma floresta e uma montanha de ferro
puro, com outro, urânio e agregados. Nada restará.