sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Guinada


Assessoria de Bolsonaro confirma presença de Netanyahu na posse
Publicado em 29/11/2018 - 22:04
Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro




O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve comparecer à posse de Jair Bolsonaro, no dia 1º de janeiro. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (29) pela assessoria do presidente eleito. A presença de Netanyahu, primeiro chefe de Estado a confirmar participação, poderá representar um reforço nas relações do Brasil com Israel.

Bolsonaro já manifestou a intenção de transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, um pleito israelense. Até o momento, três países já fizeram a mudança: Estados Unidos, Guatemala e Paraguai.

 Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu - Abir Sultan/Agência Lusa

No último dia 27, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito, afirmou que a mudança está certa, mas falta definir a data e a logística.
A cidade de Jerusalém está no centro de confrontos e disputas entre palestinos e israelenses, já que ambos os povos reivindicam o local como sendo sagrado. Para evitar o agravamento da situação, os países consideram Tel Aviv como a capital administrativa de Israel e é lá que ficam as representações diplomáticas internacionais.

Trump
Jair Bolsonaro disse hoje (29) que existe a possibilidade do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vir à sua posse, o que dependeria de outros compromissos que possam existir no dia 1º de janeiro. “Eu ficaria muito honrado”, acrescentou.

Bolsonaro avaliou positivamente o encontro que tevepela manhã com o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton. A reunião durou cerca de uma hora. “Foi mais um passo do Brasil em direção aos Estados Unidos e dos Estados Unidos em direção a nós”, avaliou. 

O presidente eleito pretende ir aos Estados Unidos nos primeiros meses de seu governo, o que ainda deverá ser organizado. 
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Edição: Carolina Pimentel

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Transição de governo e política


Bolsonaro reúne equipe para tratar da transição e dos ministérios
Publicado em 30/10/2018 - 12:28
Por Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil * Rio de Janeiro




O presidente eleito Jair Bolsonaro está reunido nesta manhã (29) com o deputado federal Onyx Lorenzoni, que deve assumir a Casa Civil no futuro governo, e o economista Paulo Guedes, futuro ministro da Fazenda, para definir os nomes para a equipe de transição e do governo que se instalará em 1 de janeiro de 2019.

Segundo o ex-presidente do PSL Gustavo Bebianno, a prioridade é concluir a montagem da equipe de transição, que será anunciada pelo presidente eleito em momento oportuno. “Ninguém está com pressa para indicar nada, o governo só começa em primeiro de janeiro. Agora a preocupação é montar a equipe mais linha de frente, digamos assim, e a partir daí começar o trabalho”, disse.

Bebianno informou que estão sendo cotados nomes tanto para a transição, que não deve chegar aos 50 permitidos por lei, quanto para o governo. “Não sabemos nem se vamos usar os 50 nomes da transição. Estamos montando uma equipe profissional de executivos capazes de olhar para o Brasil de uma forma mais organizada do que é hoje. Quando tiver novidades vamos anunciar”.

 Ex-presidente do PSL Gustavo Bebiano diz que a prioridade é concluir a montagem da equipe de transição - Arquivo/Agência Brasil

Quanto aos ministérios, ele afirmou que devem ser em torno de 15 e que tem metade dos nomes definidos, inclusive um “forte” para a educação, mas que para a saúde ainda não foi escolhido. Sobre o juiz federal Sérgio Moro, Bebianno disse esperar contar com ele no futuro governo. “Esperamos que ele se engaje de alguma forma, é um nome muito emblemático, um nome muito importante para o Brasil, para a população do Brasil, estamos na expectativa que ele aceite se engajar de alguma forma”.

Previdência
Bebiano disse que a reforma da Previdência não seria um dos temas tratados na reunião de hoje, mas que é muito importante. “Não vamos tratar disso agora. É interesse do Brasil resolver essa questão, independentemente de que governo seja, existe um déficit gigantesco e isso quanto mais cedo for votado, melhor. Mas isso não vai ser tratado hoje”.

Segundo ele, o projeto sobre o tema que está em discussão no Congresso Nacional é “um remendo”. “Há reformas que poderiam ser implementadas de maneira mais efetiva, mais justa, o Paulo Guedes tem um desenho já bastante detalhado disso. Mas se for possível a aprovação esse ano do que está lá, é melhor do que nada”.


Imprensa
Bebiano destacou também que a liberdade de imprensa será respeitada e não há ameaça de tirar a publicidade oficial de nenhum veículo, mas que é preciso “ter um equilíbrio” e “seguir um critério técnico”, além de reduzir os gastos com publicidade do governo, que ele considera ser “muito dinheiro” gasto “de forma desnecessária”.

Um dos temas mais polêmicos durante a campanha de Bolsonaro, a questão de orientação sexual, o presidente do PSL disse que tem um pensamento diferente do presidente eleito e que a questão não deve ser tutelada pelo Estado, por se tratar de uma questão pessoal que afeta apenas a vida íntima de cada pessoa.

“É um pensamento dele, não é o meu, cada um tem o direito de ter o seu. Eu acho que questões sexuais são tão complexas, acho que o ser humano é tão controvertido, tão cheio de nuances, ninguém pode determinar, dizer especificamente se a sexualidade é fruto do meio ambiente, da criação, se é espiritual, isso é uma questão pessoal de cada um. Simplesmente o Estado não tem que se meter na vida privada das pessoas”.
* Colaborou Vinícius Lisboa
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Edição: Fernando Fraga


sábado, 6 de outubro de 2018

As vésperas do fim da historia


Eleição polarizada no Brasil ganha destaque na imprensa estrangeira
Publicado em 06/10/2018 - 13:02
Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Brasília








As eleições no Brasil são tema de reportagens em veículos de imprensa internacionais neste sábado (6). Diversos portais de notícias de diferentes países tratam desde os impactos econômicos do pleito, à importância das eleições parlamentares e até mesmo do impacto da pauta da segurança pública na decisão dos brasileiros. O desempenho do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, nas últimas pesquisas eleitorais é também tema internacional.

Na BBC,emissora pública do Reino Unido, a reportagem Eleições no Brasil: Por que há tantas mortes? tem destaque no portal na internet. Segundo o texto, o tema da segurança poderá determinar a escolha nas urnas. A reportagem traz as propostas de alguns dos presidenciáveis para diminuir a violência no país e ressalta que o Brasil registrou mais de 60 mil mortes em 2017.  

A Al Jazeera, a maior emissora de televisão jornalística do Catar e a mais importante rede de televisão do mundo árabe, publicou na página na internet uma série de reportagens sobre as eleições no Brasil. Em uma reportagem especial, trata da importância das redes sociais no processo eleitoral. Um dos destaques é o uso dessas mídias pelo candidato Jair Bolsonaro.  

Em outra reportagem, a emissora chama atenção para as eleições parlamentares, que segundo ela, estão sendo ofuscadas pela eleição presidencial. Os brasileiros elegerão 54 senadores e 513 deputados federais. Os partidos não têm, no geral, uma ideologia clara. A emissora diz que o Congresso eleito em 2014 é considerado um dos mais conservadores e que a presença de caciques regionais favorece a corrupção.

O portal Business Insider, da Cingapura, publicou um artigo em que analistas dizem que nenhum dos candidatos à Presidência "serão boa notícia para os mercados".

A Deutsche Welle, empresa pública de radiodifusão da Alemanha, também aponta a incerteza na eleição brasileira. Para a empresa, independentemente do vencedor - Bolsonaro ou Fernando Haddad (PT), os dois que lideram as pesquisas de intenção de votos - o Brasil terá um caminho "difícil de prever". 

O mexicano El Universal traz uma entrevista com Laura Chincilla Mirada, chefe da missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que acompanhará a eleição no Brasil. Na entrevista, ela relata o "clima tenso" no país e o fato de serem o pleito mais controverso. 

Ontem (5), o jornal britânico The Guardian publicou a reportagem Eleições no Brasil: Perspectiva de vitória de Bolsonaro causa medo de retorno à ditadura. Segundo o jornal, essas são as eleições mais críticas da história da democracia brasileira. O veículo diz que comparações com o presidente norte-americano Donald Trump enaltecem o candidato.
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Edição: Carolina Pimentel