UMA
CIDADE PERPLEXA
É
odioso a VALE, através de suas fundações, aceitar dinheiro sujo do executivo
municipal. É desonesto porque, com sua licença ambiente condicional, deveria fazer
reais investimentos no âmbito social de Parauapebas onde sedia sua maior mina de ferro. Deveria estar
fora da lama que permeia a gestão atual.
Também o SESI e outros órgãos federativos deveriam ao menos se abster de
aceitar facilidades e bens desse governo. Uma quadrilha que usa a fachada do
poder municipal para buscar vantagens para si e os seus. Fora Valmir, impeachment
já!
Noticias
veiculadas pelo blog soldocarajas nos alertam para a continuidade de praticas
criminosas na gestão de Valmir da Integral em Parauapebas. E isto mesmo depois da apresentação de
graves denuncias documentadas, provas e ainda depoimento arrasador de dentro da gestão. Seguramente
a justiça tem seu próprio tempo, mas quando vemos em outras cidades até mesmo
aqui do Pará, a celeridade e a pouca coisa que fazem prefeitos perderem seus
postos e sua liberdade é realmente de se estranhar e perguntar se o governador,
patrocinado em sua ultima campanha eleitoral por Valmir da Integral, não esteja
intervindo e dificultando a ação da justiça.
O
que seria um péssimo e deplorável exemplo, haja visto o rápido desdobramento da
maior operação anticorrupção do pais- a Lava Jato. Muito dos meliantes de lá já
foram apenados, por crimes muito menores dos que os praticados aqui – estimo
que esta quadrilha instalada no Morro dos Ventos, já tenha desviado, por baixo,
uns 500 milhões de reais.
Para
se ter uma ideia desses valores, basta saber que mesmo no marasmo em que se
encontra Parauapebas, apenas neste exercício fiscal, a arrecadação da
prefeitura já chegou em espetaculares R$579.047.456,14. Isto mesmo, quase R$600
milhões de reais. E nesta crise, prestem atenção. O fato é que, repito. Onde
foram parar os quase 3 bilhões arrecadados em 2013 e 2014? O que temos aqui que
justifique a aplicação desse valor? Ninguém consegue ver nada, mas as coisas
estão todas nos seus lugares. Há muito furto, muito roubo qualificado. As
coisas continuam como antes e ninguém
sabe onde vai parar. A demora na conclusão dos inquéritos apenas funciona como
uma permissiva para a continuidade dos golpes e roubos. Mas cada um no seu
tempo, e o tempo da justiça é lento, cuidados, precisa de provas irrefutáveis. Construído
por políticos safados nosso país os protege espetacularmente. Veja o caso do
Cunha. O STF já manifestou pelo cumprimento das normas constitucionais e tudo
em relação ao pilantra vai ser muito devagar.
O segredo é dar tempo para cumprir o mandado, afinal foi o povo quem escolheu.
Pergunto, para que então investigar? Se pode cumprir o mandato primeiro. Nosso
caso revela um senhor de quase setenta anos, próximo a imputabilidade
constitucional, fazendo o que quer pensando apenas nele e jamais os seus filhos
e herdeiros que vão sobreviver. Ele não estará mais aqui. É o seu cenário.
São
quase dois anos da primeira operação da PF, em função das denuncias da Educação.
Nem temos noticia da conclusão do inquérito. Ninguém se manifesta. Parece que a
PF trabalha apenas quando há holofotes, de Brasília para cima.
Desviado
a chuva para a horta da Câmara o executivo parece acomodado, acredita na
impunidade e e aumenta a voltagem de sua ação desabonadora contra a sociedade.
Nem a aparente imobilidade de Parauapebas incomoda as autoridades. Estas compras
de terrenos e posterior doação é uma estratégia de roubo interessante. A cidade
tem seu estoque de terras e ainda assim
joga nosso dinheiro fora doando terrenos para SESI e VALE. É um absurdo,
quando deveria ser o contrario. Mas a sociedade não se manifesta. Estão todos
em silencio.
Estamos
novamente a mercê de ajuda externa. Não amadurecemos ainda como cidade. Até
quando?