sábado, 6 de fevereiro de 2016

Todos quietos e sem ação



QUIETUDE











Eleitor, não se permita esquecer as longas filas, a humilhação de ser obrigado a votar em pilantras que aparecem apenas na hora do voto. 
Não venda, mas também não vote.
 









Movimentações lerdas e acomodadas não causam surpresa a ninguém. Todos estão disputando a vaga de vice de Valmir da Integral. Talvez porque estejam já preparando a nova batalha pos eleição: centenas de ações e reuniões para derrubar o segundo mandato do velho. Agora levando realmente a serio o poder e a resiliência desse lobo vestido de cordeiro. Seguramente, se Valmir chegar incólume a eleição e for eleito, decididamente não governará. Todas as ações que foram blindadas agora virão a tona, numa reunião massiva de deserdados contra um gigante regional. E não será tarde, talvez seja a devida hora.

Os grupos estão perdidos mas todos rezando a cartilha do gabinete. Todos imobilizados numa corrida cuja dianteira é serena para o poder. A mobilização atual é tímida e camuflada, ordeira. Os que se colocam o fazem na calada da noite ou pelas esquinas da cidade.

Não há desafiante que valha a troca de comando na capital do minério. Precisamos parar Valmir, mas quem será o carimbado? É quase tarde para esta definição, mas velhos generais deixam todos os recursos para a ultima hora. E não será diferente dessa vez. Os ventos estão favoráveis ao grupo reinante, ainda não tem oposição ou algo que valha este nome nesta cidade de zumbis.

Crimes foram cometidos, e crimes abomináveis. A classe politica  no seu silencio usual, tacitamente apoiam as ações e iniciativas do governo e seu domínio. Ninguém discute a forma de gestão, não há impedimentos moral contra as equações de poder e mando atual. Todos concordam com Valmir, não há voz dissonante.

Impressiona a covardia desse silencio e desse apoio tácito. Farão igual ou pior quando lá estiverem. É esta a razão do silencio desses homens e mulheres cujo pensamento é exclusivamente seu próprio umbigo.

Desmantelado o G5 original, talvez dai saísse alguém com animo renovador. Mas até agora nada. E moralmente, quem daria conta desse papel num grupo que foi achincalhado e na pior hora acabou dividido. Seria algum desses vereadores, pela omissão ou pela covardia, alguém indicado a desafiar o status quo?

O Belzebu comandante segue de olhos abertos e vigilantes. Há mais alguma  presa a ser comprada? Quais novos grupos devemos formar para desviar o foco de possíveis  novos desafiantes. Cadê o Rui Vassourinha, o Marden, Dr. Charles. Gesmar definitivamente é presa morta, cassada, apagada.

Não teremos renovação. Num momento de encruzilhada e profunda transformação no modo em que vivemos até agora nesta cidade, não há propostas ou coragem suficiente para renovação, proposição do novo ou inusitado da sobrevivência sem a mineração.

A conta será paga por todos. Inclusive pelos cerca de 50 mil retirantes que deixam para trás parte significativa de sua historia e luta. Vão atrás de comida, de cuidados, de emprego. Pobre cidade, era uma vez Parauapebas!

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