Bolsonaro
reúne equipe para tratar da transição e dos ministérios
Publicado
em 30/10/2018 - 12:28
Por Akemi
Nitahara - Repórter da Agência Brasil * Rio de Janeiro
O presidente eleito Jair
Bolsonaro está reunido nesta manhã (29) com o deputado federal Onyx Lorenzoni, que deve assumir
a Casa Civil no futuro governo, e o economista Paulo Guedes, futuro ministro da
Fazenda, para definir os nomes para a equipe de transição e do governo que se
instalará em 1 de janeiro de 2019.
Segundo o ex-presidente do PSL
Gustavo Bebianno, a prioridade é concluir a montagem da equipe de transição,
que será anunciada pelo presidente eleito em momento oportuno. “Ninguém está
com pressa para indicar nada, o governo só começa em primeiro de janeiro. Agora
a preocupação é montar a equipe mais linha de frente, digamos assim, e a partir
daí começar o trabalho”, disse.
Bebianno informou que estão sendo
cotados nomes tanto para a transição, que não deve chegar aos 50 permitidos por
lei, quanto para o governo. “Não sabemos nem se vamos usar os 50 nomes da
transição. Estamos montando uma equipe profissional de executivos capazes de
olhar para o Brasil de uma forma mais organizada do que é hoje. Quando tiver
novidades vamos anunciar”.
Ex-presidente do PSL Gustavo Bebiano diz que a
prioridade é concluir a montagem da equipe de transição - Arquivo/Agência
Brasil
Quanto aos ministérios, ele
afirmou que devem ser em torno de 15 e que tem metade dos nomes definidos,
inclusive um “forte” para a educação, mas que para a saúde ainda não foi
escolhido. Sobre o juiz federal Sérgio Moro, Bebianno disse esperar contar com
ele no futuro governo. “Esperamos que ele se engaje de alguma forma, é um nome
muito emblemático, um nome muito importante para o Brasil, para a população do
Brasil, estamos na expectativa que ele aceite se engajar de alguma forma”.
Previdência
Bebiano disse que a reforma da Previdência não seria um dos temas
tratados na reunião de hoje, mas que é muito importante. “Não vamos tratar
disso agora. É interesse do Brasil resolver essa questão, independentemente de
que governo seja, existe um déficit gigantesco e isso quanto mais cedo for
votado, melhor. Mas isso não vai ser tratado hoje”.
Segundo ele, o projeto sobre o
tema que está em discussão no Congresso Nacional é “um remendo”. “Há reformas
que poderiam ser implementadas de maneira mais efetiva, mais justa, o Paulo
Guedes tem um desenho já bastante detalhado disso. Mas se for possível a
aprovação esse ano do que está lá, é melhor do que nada”.
Imprensa
Bebiano destacou também que a
liberdade de imprensa será respeitada e não há ameaça de tirar a publicidade
oficial de nenhum veículo, mas que é preciso “ter um equilíbrio” e “seguir um
critério técnico”, além de reduzir os gastos com publicidade do governo, que
ele considera ser “muito dinheiro” gasto “de forma desnecessária”.
Um dos temas mais polêmicos
durante a campanha de Bolsonaro, a questão de orientação sexual, o presidente
do PSL disse que tem um pensamento diferente do presidente eleito e que a
questão não deve ser tutelada pelo Estado, por se tratar de uma questão pessoal
que afeta apenas a vida íntima de cada pessoa.
“É um pensamento dele, não é o
meu, cada um tem o direito de ter o seu. Eu acho que questões sexuais são tão
complexas, acho que o ser humano é tão controvertido, tão cheio de nuances,
ninguém pode determinar, dizer especificamente se a sexualidade é fruto do meio
ambiente, da criação, se é espiritual, isso é uma questão pessoal de cada um.
Simplesmente o Estado não tem que se meter na vida privada das pessoas”.
*
Colaborou Vinícius Lisboa
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Edição: Fernando
Fraga
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