Bolsonaro
viaja ao Chile para se reunir com líderes da América do Sul
Encontro em
Santiago marcará anúncio oficial do Prosul
Publicado em 20/03/2019 - 08:55
Por Carolina
Gonçalves - Repórter da Agência Brasil Brasília
De volta
ao Brasil após visita aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro se
prepara para a segunda viagem internacional neste mês. Ele desembarca em
Santiago, no Chile, nesta quinta-feira (21), para participar, ao lado de chefes
de Estado de países da América do Sul, da cúpula que pretende marcar a retomada
de negociações em torno da integração da região.
A reunião
na capital chilena marcará o anúncio oficial do Prosul, projeto idealizado para
substituir a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), paralisada há mais de
dois anos. Integram
o Prosul Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai,
Costa Rica, Nicarágua Panamá e República Dominicana.
A
proposta idealizada pelo presidente chileno, Sebastián Piñera, tem formato mais
enxuto e é menos onerosa a todos. Os presidentes devem anunciar o aval à nova
composição ainda na sexta-feira, após a reunião.
Estrutura
O Prosul
não deve manter a atual estrutura da Unasul, ao buscar soluções mais leves para
o aparato que hoje inclui uma sede física em Quito, no Equador, além de
secretariados e quadro de funcionários.
As nações
que compõem o Prosul entenderam que a Unasul, da forma como funcionou desde seu
lançamento em 2008, perdeu efeitos práticos, mantendo custos, e passou a
disputar decisões sobre temas que já são tratados em outras instâncias, como o
Mercosul.
Sem
avanços na Unasul na prática, acordos negociados atualmente por meio do
Mercosul (bloco que reúne Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que
está suspensa temporariamente) garantiram, por exemplo, a implantação de área
de livre comércio entre países do Mercosul e os sul-americanos que integram a Aliança
do Pacífico, com exceção do México que ainda mantém restrições sobre algumas
áreas.
Diferenciação
O Prosul
não deve ter um tratado e não será um organismo, como a Unasul. A ideia é
seguir os moldes de um agrupamento de países no formato de um fórum. Para o
Brasil, o projeto da integração é fundamental para ampliar as trocas comerciais
e atrair investimentos.
Não há
expectativa de que o novo formato já seja apresentado neste encontro. A
declaração de alto nível deve se limitar à formalização da intenção dos países
em torno dessa nova proposta e tende a marcar a oficialização de saídas da
antiga estrutura. À medida que os países anunciam que não participam mais da
Unasul, pelas regras internacionais, precisam se manter por seis meses no
organismo.
Edição: Renata Giraldi e Talita Cavalcante
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