AOS POLÍTICOS E EMPRESÁRIOS
DE PARAUAPEBAS
HAVERÁ AINDA
ALGUMA SANIDADE EM PARAUAPEBAS? OU MESMO, HAVERÁ AINDA, SALVAÇÃO?
Meu nome é
Joaquina Alves tenho 24 anos sou filha de Parauapebas.
Deparamos
hoje com a estagnação de uma cidade que crescia há dois dígitos. Movida pelo
frenesi da indústria da mineração, que teve em 2012 seu auge. Parauapebas nunca
olhou para seu futuro. Hoje passados 30 anos de sua fundação, deparamos
com o grave problema de continuarmos como cidade que cresce: a estagnação se
impôs e freou duramente o desenvolvimento, impondo-nos o dilema de mudança de
rumos. Não mais investimentos e resolução de problemas, e sim novos e grandes
problemas, não houve ações e iniciativas foram incapazes de resolver, apesar de tanto
dinheiro e recursos.
O que se vê
hoje, comercio parado, pessoas e empresas saindo, receita e condições
econômicas em desaceleração.
Mas existem
saídas temos os recursos da florestas, a medicina tropical, a produção de
recursos naturais renováveis e sustentáveis.
Esta
encerrando o ciclo da mineração na cidade. O que não fizemos nestes anos todos,
não da mais. Temos que reinventar relações, buscar novos desafios e paradigmas.
Falo não como milhares de pessoas que vieram para cá em busca de oportunidades
de empregos ou negócios, movidos pela necessidade de muitos que estão aqui.
Nasci aqui,
estudei e casei aqui, minha filha nasceu aqui. Será que vamos ter que
fazer o mesmo que essas pessoas fizeram no passado, buscar novos lugares para
viver, trabalhar e criarmos nossos filhos. Sou jovem poderia está preocupada
com meu futuro, mas não posso me dar esse luxo, pois sou mãe é o que será do
futuro dos nossos filhos e netos. Parauapebas está em desaceleração, hoje tem
mais pessoas saindo da cidade do que chegando. Temos a obrigação de buscarmos
novas formas de mantermos Parauapebas viva. Não quero que está cidade se torne
como várias cidades mortas que existem em Minas Gerais. Todos nós temos o dever
de lutar e buscar novas alternativas econômicas para nossa gente.
A politica é
a arte de grupo. De ética e de confiança. Nos jovens temos que enfrentar novas
aspirações, buscar saídas, fazendo politica, uma das missões. Não podemos e não
vamos permitir a manutenção da destruição de um sonho de muitos, ser roubado
por poucos. Todos os velhos políticos que tiveram a oportunidade anterior de
pensar no futuro se perderam em mesquinharias e olhando o próprio umbigo não
enxergou que o minério de ferro, todos os minérios dão numa safra única. Não
diversificamos nada, não houve investimentos que garantissem o presente já. Não
temos sequer um fundo soberano garantidor, um projeto de distrito industrial,
uma motivação para o turismo, para a extração sustentável. O pior, não temos
iniciativas que permita-nos uma parceira saudável com o único motor econômico
da cidade, a mineradora VALE.
Que relações
queremos e qual o futuro. Não vamos herdar as perdas seculares de Minas Gerais
e suas cidades fantasmas, paridas pelo findável ciclo da exploração mineral.
Não queremos os desastres ambientais e sociais, não queremos a repetição de
Mariana.
Temos na
floresta os melhores recursos, temos na sustentabilidade as melhores
oportunidades. Podemos ter no turismo, na educação de alto nível, na pesquisa
cientifica, nos eventos e serviços que orientem o desenvolvimento do pobre-rico
estado do Pará.
Quero ficar
a imagem de protagonista, não reclamante ou herdeira de protestos vazios. Ainda
é tempo de construção. Precisamos trocar os instrumentos e talvez a
ideologia, o conhecimento e as pessoas. Não quero temer o amanha, quero e me
apresento para propor desafios, impor com o coletivo e a divergência de ideias,
caminhos e construção de segurança para nossos filhos.
É assim que
vemos uma das arestas da politica: transparência, renovação, reconstrução,
coletividade. Acho que falta tudo isso, mas também falta caratê, respeito,
moral, ética e vergonha na cara meu muito obrigado;
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