segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Buscar sobrevivência renovando, diz os jovens

AOS POLÍTICOS E EMPRESÁRIOS
DE PARAUAPEBAS

HAVERÁ AINDA ALGUMA SANIDADE EM PARAUAPEBAS? OU MESMO, HAVERÁ AINDA, SALVAÇÃO?
















Meu nome é Joaquina Alves tenho 24 anos sou filha de Parauapebas.

Deparamos hoje com a estagnação de uma cidade que crescia há dois dígitos. Movida pelo frenesi da indústria da mineração, que teve em 2012 seu auge. Parauapebas nunca olhou para seu futuro.  Hoje passados 30 anos de sua fundação, deparamos com o grave problema de continuarmos como cidade que cresce: a estagnação se impôs e freou duramente o desenvolvimento, impondo-nos o dilema de mudança de rumos. Não mais investimentos e resolução de problemas, e sim novos e grandes problemas, não houve ações e iniciativas foram incapazes de resolver, apesar de tanto dinheiro e recursos.

O que se vê hoje, comercio parado, pessoas e empresas saindo, receita e condições econômicas em desaceleração.

Mas existem saídas temos  os recursos da florestas, a medicina tropical, a produção de recursos naturais renováveis e sustentáveis.

Esta encerrando o ciclo da mineração na cidade. O que não fizemos nestes anos todos, não da mais. Temos que reinventar relações, buscar novos desafios e paradigmas. Falo não como milhares de pessoas que vieram para cá em busca de oportunidades de empregos ou negócios, movidos pela necessidade de muitos que estão aqui.

Nasci aqui, estudei e casei aqui, minha filha nasceu  aqui. Será que vamos ter que fazer o mesmo que essas pessoas fizeram no passado, buscar novos lugares para viver, trabalhar e criarmos nossos filhos. Sou jovem poderia está preocupada com meu futuro, mas não posso me dar esse luxo, pois sou mãe é o que será do futuro dos nossos filhos e netos. Parauapebas está em desaceleração, hoje tem mais pessoas saindo da cidade do que chegando. Temos a obrigação de buscarmos novas formas de mantermos Parauapebas viva. Não quero que está cidade se torne como várias cidades mortas que existem em Minas Gerais. Todos nós temos o dever de lutar e buscar novas alternativas econômicas para nossa gente.

A politica é a arte de grupo. De ética e de confiança. Nos jovens temos que enfrentar novas aspirações, buscar saídas, fazendo politica, uma das missões. Não podemos e não vamos permitir a manutenção da destruição de um sonho de muitos, ser roubado por poucos. Todos os velhos políticos que tiveram a oportunidade anterior de pensar no futuro se perderam em mesquinharias e olhando o próprio umbigo não enxergou que o minério de ferro, todos os minérios dão numa safra única. Não diversificamos nada, não houve investimentos que garantissem o presente já. Não temos sequer um fundo soberano garantidor, um projeto de distrito industrial, uma motivação para o turismo, para a extração sustentável. O pior, não temos iniciativas que permita-nos uma parceira saudável com o único motor econômico da cidade, a mineradora VALE.

Que relações queremos e qual o futuro. Não vamos herdar as perdas seculares de Minas Gerais e suas cidades fantasmas, paridas pelo findável ciclo da exploração mineral. Não queremos os desastres ambientais e sociais, não queremos a repetição de Mariana.

Temos na floresta os melhores recursos, temos na sustentabilidade as melhores oportunidades. Podemos ter no turismo, na educação de alto nível, na pesquisa cientifica, nos eventos e serviços que orientem o desenvolvimento do pobre-rico estado do Pará.

Quero ficar a imagem de protagonista, não reclamante ou herdeira de protestos vazios. Ainda é tempo de construção. Precisamos trocar os instrumentos e talvez  a ideologia, o conhecimento e as pessoas. Não quero temer o amanha, quero e me apresento para propor desafios, impor com o coletivo e a divergência de ideias, caminhos e construção de segurança para nossos filhos.

É assim que vemos uma das arestas da politica: transparência, renovação, reconstrução, coletividade. Acho que falta tudo isso, mas também falta caratê, respeito, moral, ética e vergonha na cara meu muito obrigado;




Nenhum comentário:

Postar um comentário